O site São Paulo Minha Cidade , organizado pela SPTuris (Prefeitura de São Paulo) abre espaço para que paulistanos narrem suas memórias. O lapeano Maurício Oliveira, em mensagem escrita no dia 17/12/2010, lembrava que:
"Embora tenha Oliveira no sobrenome penso que a minha família esteja intimamente ligada com o bairro da Lapa. Por parte de minha mãe carrego o sobrenome Festa, o que parece que contribuiu para o desenvolvimento do bairro através de meu tio avô Nicola Festa (tem uma praça com o nome dele entre as Ruas Roma e Trajano).
Obviamente que os melhores anos de nossas vidas são os da adolescência, e são esses que nos lembramos melhor (salvo raras vezes), guardando lembranças das primeiras amizades sinceras, os amores, as aventuras ao adquirir conhecimentos para formação do nosso futuro caráter.
Os meus foram passados no bairro da Lapa, mais precisamente na Rua Guaricanga, onde nasci e fiz os meus primeiros amigos. Lembro-me de jogar bola na rua com eles (na Rua Corrientes, por que passavam poucos carros), andava de bicicleta pela Rua Mercedes, lembro também de correr atrás de balões, empinar pipa.
Aos sete anos, como de praxe, fui estudar no Anhanguera. Fiz muitos amigos lá, como o José Vanetti, o Edgar Luchetta, o Claudio Venturi, a Marcia, a Íris, a Vânia, a Tãnia que morava no Central Parque. Tive aulas de Educação Física com o Professor Newtão (o mais temido, pois era militar). Também tive aulas com o professor Carnevale (o melhor que conheci). Lembro-me do diretor principal, Senhor Jamil.
Vamos crescendo e iniciamos nos esportes, e o nosso bairro tinha muita tradição. Comecei a frequentar a ACM-Lapa, a jogar futebol no Biribas/Scarlat com o Senhor Canhoto, e a fazer judô no Ishi, que era ao lado.
Fiquei até a 7ª série no Anhanguera, depois fui para o Campos Salles onde novas turmas de amigos foram-me agregadas, Walter e Waldir Rivetti, Pérsio Rocha (os pais eram donos do Mundo da Criança na Guararapes), Erika Crociquia, Renata Corrêa, Rosana Speranza, Claudia Rodrigues, Sérgio Dellerba, até lembro do Ferrugem! Enfim, um mundo.
Os professores também marcam, no Campos Salles foram o Professor Machado, o Camarão(a gente gritava o nome dele das escadas e ele respondia "é a mãe" como aquele personagem da TV) o Carlinhos e muitos outros.Tinha o Twelve, a doceira Docinho e vários points do bairro.
Lembro-me com grande saudade do presépio que faziam naquela praceta em frente ao Pereira Barreto, parecia uma montanha e entrava-mos dentro e aquilo era fabuloso, os desfiles na doze eram demais, as ruas ficavam fechadas e a gente podia jogar bola e andar de skate até altas horas da madrugada sem problema de segurança e em pleno verão!
Vou buscando em minhas memórias mais coisas sobre o nosso bairro e de futuro volto a postar.
A título de curiosidade, e como quase toda gente tem um na infância o meu apelido naquela altura era Amendoim"
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