“Com a indústria automobilística em plena expansão na década de 1960, a Revista Ferrovia n. 299 ainda noticiava a recente modernização das Oficinas da Lapa, fornecendo o perfil da produção no ano anterior: 600 vagões abertos e fechados confeccionados e montados; 2.380 reparações médias e pesadas em locomotivas, carros diversos e vagões, soldagem de 37.000 metros lineares de trilhos e fundição de 650 toneladas. E ainda, na tentativa de se adaptar às novas prioridades do transporte no Brasil, as Oficinas "prestavam auxilio à indústria automobilística nacional.
Deve-se ressaltar que a inauguração das Oficinas na Vila Anastácio contribuiu para o desenvolvimento do bairro da Lapa, região ocupada por jesuítas desde 1581, caminho das tropas que transportavam o açúcar no início do século XIX quando se estabelecem várias olarias na região. Por ocasião da inauguração da primeira linha da SPR, em 1867, a estação mais próxima do local era a Água Branca, ponto em que se cruzavam os caminhos que ligavam a Freguesia do Ó ao centro da cidade. Pouco depois os trens passaram a fazer uma parada simples nas proximidades da ponte do sítio do Coronel Anastácio, que veio a ser denominada Parada Anastácio, atendendo assim ao número cada vez mais significativo de trabalhadores e moradores da região.
A Estação Lapa da SPR, estação “de terceira classe", que seguia a tipologia e os padrões construtivos estipulados pela Companhia, só foi inaugurada no ano de 1899 (incluindo a construção de armazém, abrigo de carros, tanque d’água, girador e balança de vagões), tendo sido demolida e substituída por outra estação de passageiros nos anos 1970”. (Fonte:Vitruvius)
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