“O pesquisador Manoel Rodrigues Lobo Junior, no livro Vila Leopoldina, como te viram e como te vêem” conta as dificuldades enfrentadas por antigos moradores do bairro nas primeiras décadas do século XX.
O abastecimento de gêneros alimentícios para a família, numerosa em geral, exigia verdadeiras ginásticas das donas-de-casa, já que nem tudo podiam tirar de suas hortas e quintais, como arroz, café, sala, feijão etc. Daí a origem do costume de elas se organizarem em grupos, cada qual com seu rol de inscritos ou guardado em mente, para irem às compras, uma ou duas vezes por mês, na Lapa, indo a pé ou de carona em alguma carroça com idêntico destino.
Felizmente as dificuldades foram se amainando, progressiva e rapidamente pela instalação de vendas ou empórios na Vila mesmo ou pela vinda regular de vendedores ambulantes que vendiam quase de tudo de uso imediato.
Interessante, a esse respeito como descreve as dificuldades dona Ida Paccini de Oliveira, chegada à Vila em 1909. ‘Alimentação quando não tinham como obtê-la nos próprios quintais, como galinhas, partos, cabritos, verduras, legumes e frutas, o jeito eram irem buscá-las na Lapa. Logo depois vieram açougues (o primeiro de Gino Frediani, na Rua Guipá de hoje, quase no fim). Padarias vieram bem mais tarde, como também farmácias e lojas’ ”.
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