terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Desenvolvimento - Na rota dos trilhos (2)

Ao resumir  a  grande epopéia do desenvolvimento do Estado e da cidade de São Paulo. A partir da chegada das ferrovia, obra da companhia inglesa São Paulo Railway, o site da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária - Regional São Paulo relembra o seguinte:

“A São Paulo Railway - SPR foi a primeira ferrovia construída em São Paulo, e a segunda no Brasil, tendo sido inaugurada em 1867. Financiada com capital inglês, sua construção foi iniciada em 1860, enfrentando muitas dificuldades técnicas durante a implantação, principalmente no trecho da Serra do Mar. Para vencer os 800 m de desnível, numa extensão de 8 km, foi necessário construir um plano inclinado com quatro patamares, onde foram instaladas máquinas fixas que acionavam um sistema de cabos de tração engatados aos vagões. Em 1867 o trecho completo, ligando Santos a Jundiaí, com 159 km, foi aberto ao tráfego. A concessionária teve o privilégio de exploração da linha por um período de 90 anos, o que lhe garantiu a cômoda condição de maior empresa ferroviária do Brasil e em volume de carga. Graças a esse monopólio, a SPR jamais se interessou em expandir suas linhas para além de Jundiaí, criando, assim, condições para a constituição de outras companhias ferroviárias.

Terminado o prazo para a concessão, em 1947, a empresa foi nacionalizada, passando a se chamar Estrada de Ferro Santos a Jundiaí. Posteriormente foi integrada à Rede Ferroviária Federal S. A. Em São Paulo, os trilhos da SPR cruzavam a cidade no sentido leste-oeste, percorrendo várzeas e outros terrenos planos, promovendo o desenvolvimento de bairros como a Lapa, os Campos Elíseos, a Luz, o Brás e a Mooca. Junto às estações construídas nesses bairros foram surgindo armazéns e indústrias. No bairro da Luz, no lugar da primitiva estação, a SPR ergueu um dos mais imponentes edifícios da cidade. Com todo o material empregado na sua construção importado da Inglaterra, a Estação da Luz foi inaugurada em 1901”.

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