“Tenho orgulho da história da minha mãe. Durante 25 anos ela trabalhou como operária garantindo o sustendo da sua família, já que minha avó idosa não trabalhava e o meu avô tinha perdido a visão”. O depoimento é de Eloi Murari, lapeano da gema, ao falar de sua mãe, Ema Angelo Murari. “Por isso fiquei emocionado quando a sua memória foi homenageada pelo pessoal do Consabs (Conselho das Associações Amigos de Bairro da Região da Lapa)”.
Eloi conta que Ema, quando solteira, trabalhou em diversas fábricas de meias existentes na região. “Foi assim até ela conhecer meu pai (Brasil Murari). Eles se casaram na década de 30. Em comum tinham a origem italiana, pois meus avós deixaram a Itália e virem morar aqui na Lapa”.
O pai de Ema (Serafim Angelo) trabalhou durante muitos anos com outra tradicional família lapeana: os Isola. O avô paterno de Eloi, Alcide Murari, chegou a São Paulo em 1890, época da grande imigração italiana no Brasil, iniciada anos antes, ainda no reinado do imperador D.Pedro I.
Os Murari prosperaram na Lapa. “Meu pai foi dono de uma padaria. Depois, abriu um armazém de secos e molhados na região da Guaicurus. Foram negócios que deram certo, o que lhe possibilitou dar para a minha mãe uma vida digna e bastante confortável.
Pelo fato de ter sido uma das operárias pioneiras do bairro da Lapa e pelo seu trabalho comunitário junto às paróquias da Região, Ema Angelo Murari empresta seu nome a uma viela ligando a Rua Roma à Rua Guaicurus.
Pelo fato de ter sido uma das operárias pioneiras do bairro da Lapa e pelo seu trabalho comunitário junto às paróquias da Região, Ema Angelo Murari empresta seu nome a uma viela ligando a Rua Roma à Rua Guaicurus.
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